quarta-feira, 22 de setembro de 2010

NEYMAR x dorival jr.

Por Lucas Bueno

Dorival Júnior não é mais treinador do Santos F.C. Esse é o desfecho de uma história que teve início, há duas semanas, com o chilique e excesso de vaidade de um garoto de 18 anos, tendo seu ápice no jogo contra o Atlético-GO, após não ser escolhido para efetuar a cobrança de pênalti, sofrida pelo mesmo.

A punição inicial dada a Neymar foi multa de 30% do salário, além de ser afastado do jogo contra o Guarani. Com o começo da semana e um clássico à vista contra o Corinthians, na Vila Belmiro, o vento, aparentemente, soprava na Baixada Santista, afastando as nuvens nebulosas que pairavam o CT Rei Pelé.


Mas, as vésperas do clássico, a jóia santista foi novamente barrada, com isso, as divergências entre diretoria, presidente e comandante santista se afloraram, tornando a situação, antes confusa, insustentável, ocorrendo por fim a demissão de Dorival Júnior. 

A versão da diretoria santista, dada pelo diretor de futebol, Pedro Nunes Conceição, foi, segundo palavras do própio dirigente. ''Basicamente foram três pontos fundamentais (para a saída do treinador): Dorival teve um crise de autoridade, o que foi acordado com a diretoria não foi cumprido e, com isso, a confiança foi quebrada, e, mais uma vez a hierarquia também foi quebrada. Nós não aceitamos a indisciplina de atletas, mas também não podemos admitir que o clube seja refém de um profissional, ou por vaidade ou por motivos inconfessáveis''.


Já Dorival declarou que houve um mal entendido, uma falta de comunicação com a diretoria, para eles afirmarem que Neymar estaria disponível para o jogo contra o Corinthians. "Em nenhum momento houve essa conversa. Há um mal entendido aí. Desde o princípio, eu afirmei que a punição seria por tempo indeterminado", afirmou o ex-comandante santista.

Não sabemos qual lado da história está com a razão. O certo é que em diversos países, principalmente no Brasil, onde o futebol é uma paixão, os jogadores são super-valorizados. A exposição excessiva que esses possuem na mídia, sendo nomeados celebridades e exemplos pra sociedade, é muito perigosa.

Neymar, um garoto que há dois meses conquistava a Copa do Brasil, dando espetáculos sucessivos ao lado de Robinho, André e Ganso, viu seus companheiros serem negociados para clubes europeus ou lesionado. Assim, a dependência por boas atuações da equipe santista recaiu por completo nos ombros de Neymar e parece que ele não está sabendo lidar com tamanha responsabilidade.

Ao recusar uma proposta de 31 milhões de euros do Chelsea, o camisa 11 do Santos criou um mundo próprio da fantasia, que tem como habitantes os dirigentes santistas, que sempre aliviam para o garoto, o empresário Wagner Ribeiro, além dos carros importados, garotas, roupas, fama, tudo que um menino de 18 anos gostaria de ter.


Do mesmo modo que a imprensa exaltou o jogador arte que Neymar era até o mês de agosto, sem problemas, pensando apenas em jogar futebol, evidencia problemas normais de um adolescente que tenta encontrar sua personalidade, amadurecer e se tornar um homem. Só que o mundo futebolístico é cruel e não dá tempo para um garoto crescer naturalmente, tem que ser imediato. E isso não ocorreu com Neymar. As suas falhas sucessivas demonstram que ele ainda não está pronto para a Europa, onde o profissionalismo está a frente da marra e da vaidade.

O outro ponto conturbado desse fato é a falta de comando que a diretoria santista transpareceu ao lidar com os interesses do seu principal jogador. Um novo mandato da presidência iniciado em janeiro pregava a transparência. Tudo ia as mil maravilhas. Títulos, uma nova safra de talentos e uma atitude pioneira no país em relação a transferência de jogadores brasileiros para a Europa. Eles fizeram um plano de carreira para Neymar até 2014, elevando seu salário, valorizando-o e recusando um caminhão de dinheiro do poderoso Chelsea. Todos exaltaram a posição santista, que faria o mesmo com outra raridade da Vila, PH Ganso.


Mas o que vimos foi uma diretoria refém de um jogador e simplesmente ignorando o histórico de um treinador que com seu esquema ofensivo foi destaque no Brasil, nesse ano de 2010. Dorival foi quem valorizou os Meninos da Vila II, porque lembremos que ano passado, Luxemburgo não dava muita moral a Neymar, Ganso e cia.

Logo mais, às 22 horas na Vila Belmiro, Neymar estará em campo para enfrentar o líder do campeonato. Como um craque, o garoto pode deixar de fora seus problemas e ajudar o Santos a superar o Corinthians. Em particular, acredito que os admiradores do esporte esperam que a equipe santista saia derrotada nesta quarta-feira. O futebol agradeceria, fazendo um pouco de justiça a tentativa de comando proposta por Dorival Júnior. Como diria o outro, A BOLA PUNE, COMPANHEIRO!

terça-feira, 7 de setembro de 2010

Jogamos como nunca e... a esperança reacende

Por Lucas Bueno

Grandes expectativas foram criadas ao redor da seleção masculina de basquete para a disputa do Campeonato Mundial, na Turquia. Toda essa atenção dada pelos veículos esportivos de comunicação tinham alguns propósitos para acontecer, um treinador de ponta e atletas comprometidos.

O incentivo que nossos jogadores precisavam possui um nome, este é Rubén Magnano.  Um argentino que acreditou no projeto de reconstrução do basquete nacional, que já iniciara o projeto com um novo campeonato nacional, organizado pelos clubes a NBB e a modificação de postura, tanto dos dirigentes como dos atletas, quando atuam pela seleção.

Mas Magnano não é um treinador de basquete normal. Foi ele quem revolucionou o basquete argentino levando os hermanos ao vice-campeanato Mundial em 2002, à medalha de ouro olímpica em Atenas 2004 e à medalha de bronze nas Olimpíadas de Pequim.


Ele foi "recrutando" os homens que queria contar para a disputa do Mundial, conseguindo convocar os melhores do basquete brasileiro, até aqueles que atuam pela NBA, fato raro nos últimos anos. O Brasil entrava nesse torneio com o respeito dos demais adversários, não a falsa preocupação que todas as outras seleções diziam ter sobre os brasileiros, mas o real temor de que o Brasil, com Leandrinho, Tiago Splitter, Anderson Varejão e Nenê, que foi cortado antes do início do Mundial com uma lesão no tendão Aquiles, poderia alçar voos maiores, o pódio.

O Mundial começou para o Brasil com duas vitórias, sobre Irã e Tunísia, mas sem convencer. Até que no terceiro confronto da fase de grupo enfrentamos os EUA. Esse duelo marcou realmente o começo do campeonato para a seleção verde-amerela. Surpreendemos os americanos ao perdemos por apenas dois pontos de diferença, tendo a chance de vitória na última bola do jogo. Encerrado a partida, nas ruas, nos bares, na faculdade, o futebol foi deixado de lado para falarmos sobre basquete. Isso mesmo BASQUETE!

Parecíamos os entendedores, mesmo sendo a nação do esporte praticado com os pés, ao invés das mãos. O basquete ressurgia  do esquecimento e com a força que merece. Acompanhamos o jogo contra a Eslovênia, e novamente perdemos por pouco, três pontos. Por uma enorme desatenção e desequilíbrio  no segundo quarto contra os eslovenos, os brasileiros teriam que enfrentar a Argentina nas oitavas-de-final, após vencer com propriedade a seleção da Croácia, no último duelo da fase de classificação. Detalhes que definiram a história dos comandados de Magnano na Turquia. Se vencessemos, o Brasil ficaria com a segunda colocação do grupo, fugiria do chaveamento com norte-americanos e argentinos, tendo em tese, um caminho mais tranquilo até as semi-finais do Mundial.


Com duas derrotas na primeira fase, algumas pessoas começaram a contestar a seleção, que sempre jogava bem, mas saía derrotada no final. E a expressão de jogamos como nunca e perdemos como sempre começou a surgiu.

Essa frase muito usada para falarmos do futebol mexicano em Copas do Mundo, quando sempre dizem que possuem um time forte para chegar entre os quatro melhores, e sempre empacam nas oitavas. O projeto da seleção de basquete vem evoluindo desde a contratação do treinador espanhol Moncho Monsalve, em janeiro de 2008. O país que está sem disputar os Jogos Olímpicos desde Atlanta-96, jogará os Jogos de Londres daqui dois anos, com chances de disputar uma medalha.

Deixando o patriotismo de lado e voltando para a Turquia, o Brasil jogou contra a Argentina, seleção que ocupa a primeira colocação no ranking da FIBA, na arena Sinan Erdem em Istambul, buscando estar entre as oito melhores seleções do mundo.

O jogo comprovou o que se esperava da rivalidade histórica entre brasileiros e argentinos. Do lado tupiniquim estavam o mentor da geração dourada da argentina, Rubén Magnano, além de Huertas, Splitter, Varejão e cia. Já pelo lado hermano estavam os pupilos de Magnano, liderados por Luís Scola, o melhor jogador do Mundial, até então.


Foram 40 minutos brigados, estudados e pensados. O Brasil era liderado por Marcelinho Huertas, capitão e armador da seleção. O camisa 9 liderou a equipe com 32 pontos. Mas essa excelente atuação do nosso atleta não freiou o ímpeto dos argentinos e do seu atleta mais perigoso, Scola, que anotou incríveis 37 pontos. O argentino acertava até quando queria errar, como aconteceu no último lance livre anotado por ele no jogo.

Com o confronto equilibrado, ora os argentinos abriam seis pontos de diferença, ora os brasileiros abriam sete, mas a experiência saiu vencedora novamente, a Argentina. Uma geração que está habituada a disputar grandes decisões ganhou por quatro pontos, 93 a 89, a seleção brasileira, que atuou sempre no limite das possibilidades, deixando os brasileiros orgulhosos e esperançosos para a conquista da vaga para Londres-2012, no Pré-Olímpico ano que vem em Mar del Plata, na Argentina.


Estes doze guerreiros, não aqueles de Dunga, Huertas, Leandrinho, Alex, Varejão, Splitter, Nezinho,Guilherme Giovannoni, Marcelinho Machado, Marquinhos, Murilo, JP Batista e Raulzinho, colocaram, outra vez na vitrine mundial, o basquete brasileiro que vivenciou nos últimos dezesseis anos uma fase nebulosa, sem motivos para sorrir, encontrando, neste atual momento, o caminho dos tijolos de ouro.

Essa seleção certamente deu orgulho aos grandes nomes da história do basquete nacional masculino, Wlamir Marques, Ubiratan, Oscar, Amaury Passos e fizeram com que eles, os sempre defensores da modalidade, voltassem a acreditar no Brasil.


segunda-feira, 26 de julho de 2010

A primeira vez

Por Edu Ribeiro

Renovação, um novo espírito, apostar nos jovens. Todas essas expressões foram utilizadas hoje durante a cobertura da primeira convocação de Mano Menezes. O técnico convocou jogadores jovens, dentre eles 10 que estréiam na seleção. O ex-corintiano agora é exaltado, tanto por sua postura com a imprensa quanto pela escolha dos jogadores. Mano é colocado pela mídia e por Ricardo Texeira, este de forma a tentar de eximir sua culpa na derrota ocorrida na África, como a antítese de Dunga. Mas fazer isso agora, depois do fracasso da seleção e antes do início do trabalho de Mano é fácil. Então, que tal voltar um pouco no tempo antes de demonizar quem passou e endeusar quem está por vir.


Essa foi a primeira convocação de Dunga na seleção. no dia 1º de Agosto de 2006, para o amistoso contra a Dinamarca, em Oslo, na Suíça. (Estão representadas as equipes cujos atletas defendiam na época).

GOLEIROS
Gomes (PSV Eindhoven-HOL)
Fábio (Cruzeiro)

ZAGUEIROSJuan (Bayer Leverkusen-ALE)
Lúcio (Bayern de Munique-ALE)
Luisão (Benfica-POR)
Alex (PSV Eindhoven-HOL)

LATERAIS
Cicinho (Real Madrid-ESP)
Maicon (Internazionale-ITA)
Gilberto (Hertha Berlim-ALE)
Marcelo (Fluminense)

MEIO-CAMPISTAS
Gilberto Silva (Arsenal-ING)
Edmílson (Barcelona-ESP)
Dudu Cearense (CSKA-RUS)
Elano (Shakahtar Donetsk-UCR)
Julio Baptista (Real Madrid-ESP)
Jônatas (Flamengo)
Morais (Vasco da Gama)
Wagner (Cruzeiro)

ATACANTESDaniel Carvalho (CSKA-RUS)
Robinho (Real Madrid-ESP)
Fred (Lyon-FRA)
Vagner Love (CSKA-RUS)

Analisando o contexto no qual ela ocorreu, a lista pode ser considerada boa. O período era também de renovação, de mudar tanto jogadores, quanto a postura de 2006. A agora criticada atitude de Dunga, de comprometimento e seriedade, era exaltada por muitos na época. A lista teve jogadores jovens que se destacavam no Brasil como Marcelo, Jônatas, Morais e Wagner além de outros que estavam em mercados menos populares como Ucrânia e Rússia. Marcaram presença também oito remanescentes da Copa de 2006 (Juan, Lúcio e Luisão Cicinho, Gilberto, Gilberto Silva, Fred e Robinho), os poucos que se salvaram do vexame brasileiro. Por coincidência, São Paulo e Internacional estavam, naquele ano, nas semi-finais da Libertadores, logo, não tiveram seus jogadores convocados. A discussão da época era se Ronaldinho, Kaká e Robinho poderiam jogar juntos. Dunga tentou renovar, apostou em Maicon, muito contestado na época, em Elano, desconhecido por muita gente, jogadores que acabaram se tornando pilares da equipe brasileira. Durante o trabalho, Dunga errou muito, acabou se apegando demais a jogadores leais a ele, o que limitou seu time. Talvez tenha feito isso porque era mais capitão do que técnico, e um bom capitão nunca deixa seu navio, mesmo quando este esteja para afundar. Porém, seu começo não foi tão diferente do de Mano.

Voltando ao presente, a lista de Mano

A convocação é boa, porém ainda é limitada por alguns fatores como contusões, São Paulo e Inter disputarem a Libertadores e pelas férias de alguns jogadores que atuam na Europa. Destes 24 alguns devem seguir até a Copa de 14 e outros devem se perder pelo caminho, talvez nem sendo mais lembrados. Os que têm grande chance estar na Copa, caso continuem na toada que estão hoje são: Victor, Daniel Alves, Thiago Silva, Hernanes, Ramirez, Lucas, Ganso, Neymar, Robinho e Pato. Devem ainda ser lembrados por Mano, mais futuramente, alguns que jogaram 2010 como Luis Fabiano, Maicon, Julio Cesar e Kaká. Já Lúcio e Juan tem qualidade e condicionamento físico para estarem em 2014, porém, Thiago Silva se destaca cada vez mais, sem contar com Henrique e David Luiz, também excelentes zagueiros. Talvez seja a hora para dar espaço para os mais novos também na defesa, pois mesmo os dois “titulares” sendo bons, daqui a 4 anos, os garotos podem estar melhor.


Mano chamou mais jovens que Dunga na sua primeira vez, é também mais qualificado que seu antecessor. Mas 4 anos são muito tempo, então, não se pode já considerar o novo treinador como o messias. Em caso de derrota, não se deve crucificá-lo como foi feito com Dunga. Durante este período, muita coisa pode mudar, novos talentos podem surgir, jogadores podem se machucar, Mano pode chamar um jornalista de cagão, mesmo sendo pouco provável. Enfim, resta esperar para ver e analisar o trabalho de Mano Menezes.

quarta-feira, 14 de julho de 2010

Hello Bola!

Por Lucas Bueno

Nestes últimos quarenta dias, o mundo respirou Copa do Mundo, tudo se relacionava à África. Com o encerramento dos jogos, o esporte em destaque é o basquete da NBA. Todos aguardavam ansiosos para este período de negociações, anteriores a temporada 2010/2011, porque muitos dos jogadores mais valiosos da liga possuíam o passe livre, podendo negociar com qualquer equipe do mundo.

Diante desse cenário, três dos melhores jogadores estunidenses da atualidade, decidiram se unir em busca do tão sonhado anel de campeão. E esses atletas são Dwyan Wade, Chris Bosh e o cobiçado LeBron James. Eles agora atuam pelo Miami Heat. Wade já atuava por lá e convenceu os amigos Bosh, que jogava no Toronto Raptors e LeBron, no Cleveland Cavaliers, a migrarem à Flórida.


LeBron James optou reduzir seus salários, de 128 milhões de dólares por seis temporadas se renovasse contrato com os Cavaliers para 99 milhões de dólares por cinco anos em Miami, todo "esforço" para atuar em um time competitivo e buscar para si o inédito título da NBA.

Outros grandes jogadores negociaram novos contratados foram. O pivô Amare Stoudemire trocou o Phoenix Suns pelo New York Knicks. Carlos Boozer, também pivô, saiu do Utah Jazz para atuar no Chicago Bulls. Outros permaneram em suas equipes, como, Kobe Bryant nos Lakers e o alemão Dirk Nowitzki, no Dallas Mavericks.


A partir desta temporada, a NBA terá mais um representando brasileiro no seu elenco de jogadores. Ele é Tiago Splitter e será o principal reforço do San Antonio Spurs. O pivô de 25 anos atuava no Caja Laboral da Espanha e foi considerado, no último campeonato, o melhor jogador da Liga Espanhola.

Já Leandrinho Barbosa que atuou no Texas, na equipe do Phoenix Suns, por cinco temporadas, foi envolvido em uma troca com o turco Hedo Turkoglu. Agora atuará pela franquia do Canadá, o Toronto Raptors.

Os Caras da Copa

Por Lucas Bueno

A Copa da África já é passado, mas o entusiasmo dos torcedores persiste ao relembrar as jogadas marcantes, os gols bonitos, erros de arbitragem, clássicos e os melhores jogadores do Mundial. E é isso que o blog fará.

Não selecionaremos apenas os onze melhores jogadores da Copa, mas também, escalaremos uma seleção com as surpresas, nomes pouco conhecidos ou debatidos antes do Mundial de 2010.

A nossa seleção dos melhores é escalada no esquema "da moda", o 4-2-3-1.

1. Iker Casillas (ESP)
2. Maicon (BRA)
3. Piqué (ESP)
4. Juan (BRA)
6. Philipp Lahm (ALE)
5. Schweinsteiger (ALE)
8. Xavi (ESP)
7. Muller (ALE)
10. Sneijder (HOL)
11. Iniesta (ESP)
 9. David VIlla (ESP)

 Já as "surpresas" vem com:

1. Enyeama (NIG)
2. Brecko (SLV)
3. Marcus Túlio Tanaka (JAP)
4. Jonathan Mensah (GAN)
6. Fábio Coentrão (POR)
5. Arévalo Rios (URU)
8. Khedira (ALE)
7. André Ayew (GAN)
10. Ozil (ALE)
11. Birsa (SLV)
 9. Honda (JAP)

Os jogos na África fizeram com que o futebol uruguaio voltasse a reviver momentos de glória, por isso, com justiça Diego Forlán foi escolhido o Bola de Ouro.

Os germânicos, por sua vez, mostraram um futebol totalmente diferente do habitual. A miscigenação encontrada na seleção alemã com turcos, tunisos, poloneses e brasileiros, transformou o jogo, antes, pragmático e eficiente, em um time versátil, envolvente, habilidoso e também eficiente. Tanto que teve Thomas Muller conquistando o prêmio de revelação da Copa e o Chuteira de Ouro, com cinco gols anotados.

terça-feira, 13 de julho de 2010

Gracias!

Por Lucas Bueno

Esta Copa da África recompensou seleções que demonstravam em seu jogo a verdadeira essência do futebol: a arte e a plástica.  A Espanha,  ganhadora desse Mundial, é o sinônimo que melhor exemplifica o futebol bonito.

A Fúria, que tinha a fama de desapontar seus torcedores nos momentos em que a vitória parecia garantida, entrou para o seleto grupo de sete seleções, agora são oito, Brasil, Itália, Alemanha, Argentina, Uruguai, Inglaterra, França e Espanha, que conquistaram um Copa do Mundo.


A Espanha é desde a conquista da Eurocopa de 2008 o reflexo do futebol praticado dentro de seu país. Ela possui uma liga nacional forte, onde todos os jogadores querem atuar, por beneficiar o jogo bonito e a habilidade. Tem dois dos maiores clubes de futebol do mundo, Real Madri e Barcelona, além da seleção ser a base do time catalão, responsável pelo melhor futebol do mundo. Sete dos onze jogadores espanhóis que iniciaram a final contra a Holanda são do Barcelona: Puyol, Piqué, Busquets, Xavi, Iniesta, Pedro e o mais novo contratado David Villa.

La Roja venceu os laranjas na final não fazendo seu melhor jogo na Copa. Os espanhóis tiveram a maior posse da bola em todo o campeonato, mas por um excesso de preciosismo em alguns momentos, não faziam gols, por isso, foi a campeã mundial com o menor número de gols marcados na história, oito no total.


Alta qualidade nos passes, marcação sob pressão por boa parte dos jogos, defesa sólida e um goleiro muito confiável, esses são os fatores que resumem com eficiência o atual momento espanhol. Sem esquecer de mencionar, como é bom e proveitoso possuir no banco de suplentes jogadores capazes de entrar e definir uma partida (não é mesmo Dunga!). Fernando Torres, David Silva, Reina, Mata, sem contar com outros dois jogadores que entraram durante a final e ajudaram os espanhóis, Fábregas e Jesus Navas.

Navas entrou para ser um légitimo ponta-direita. Rápido e habilidoso jogou atacando o setor mais fraco da Holanda, o de Van Bronckhorst. Outro que entrou para decidir o jogo foi capitão do Arsenal, Fábregas, deu uma assistência para Iniesta marcar na prorrogação.

A Holanda, por sua vez, adotou, simplesmente, a tática de não jogar. Preferiu freiar o jogo espanhol com seguidas faltas, apostando em falhas do adversário, que resultaram por duas vezes chances para Robben, cara-cara com Casillas, desperdiçar o gol.


O futebol mundial agradece a Espanha por ter vencido a Copa do Mundo. Acredito que a "nova" Alemanha demonstrou, nos seus melhores momentos, um jogo mais agradável de se ver. Mas esse Mundial presentiou a seleção que melhor atuou nos últimos quatro anos, perdendo apenas duas vezes em 52 partidas.

Obrigado Espanha por dar novamente esperanças ao verdadeiro futebol! Hasta 2014...

sexta-feira, 9 de julho de 2010

Como a laranja engrenou?

Por Lucas Bueno

A Holanda, pela terceira vez em sua história, disputará uma final de Copa do Mundo. Nas duas primeiras saiu derrotada, em 1974 para os alemães e em 1978 para os argentinos. Justamente essa seleção da década de 70, foi que apresentou o futebol holandês para o mundo, com o famoso "carrossel", esquema tática revolucionário, no qual nenhum jogador guardava posição em campo, mostrando grande movimentação. Já na África do Sul, a laranja mecânica tentará mudar esses vice-campeonatos frente a Espanha.

Mesmo chegando à finalíssima a seleção holandesa ainda recebe críticas individuais e por seu futebol pragmático. Os zagueiros, Heitinga e Mathijsen, são pouco confiáveis, o volante Van Bommel, pesado e faltoso, e o atacante Van Persie, autor de apenas um gol na Copa, são os principais alvos. Com todos esses "problemas" apontados por diversos críticos de futebol, como a Holanda pode chegar à final?


A equipe do treinador, Bert Van Marwijk, está invicta desde as eliminatórias, quando venceu todos os seus jogos. Nesta Copa da África, também venceu todos os seus confrontos, podendo igualar a seleção brasileira de 1970 ganhando todos os duelos das eliminatórias e da Copa.

A explicação desse sucesso laranja, o óleo da engrenagem, responde pelo nome de Wesley Sneijder. O camisa 10 é o maestro desse time. Cadência o jogo no momento certo, acelera quando preciso, já anotou cinco gols nessa Copa, o possível craque da competição caso vençam os espanhóis domingo, no Soccer City.  Ele, ao lado de Robben, estão em destaque no futebol mundial desde a final da Champions League entre Bayern de Munique e Inter de Milão, cada um sendo o principal destaque da sua equipe.


Além dos destaques ofensivos já conhecidos, a Holanda mostrou ao mundo seu novo goleiro, Stekelenburg, 1,94 m, que substitui com sucesso o seu antecessor Van der Sar. Outro ponto forte da laranja são as peças de reposição. Van der Vaart, Elia, Afellay, Babel, podem entrar a qualquer momento e mudar um jogo, fator que faltou na seleção brasileira.

Mesmo não recebendo o favoritismo na opinião de seu maior craque, Johan Cruyff, a Holanda buscará vencer o melhor futebol da Copa e entrar na história, não só por ser revolucionária táticamente ou por apresentar alguns bons jogadores de futebol, mas por serem campeões do mundo.

quarta-feira, 7 de julho de 2010

A grande promessa e a triste queda

Por Edu Ribeiro

O jogo carregava muita expectativa. As duas melhores equipes da competição se enfrentavam pela vaga na grande final. Ambas seleções tinham apresentado características muito particulares durante o torneio. A Alemanha chegou sem fazer muito alarde com uma equipe jovem e sem estrelas. Acabou mostrando o melhor futebol da Copa. Um time que sabia tocar a bola, com uma defesa sólida e um contra-ataque fulminante. Os garotos alemães ganharam notoriedade durante o torneio, passaram facilmente por Argentina e Inglaterra. O time se firmou, aparentava estar próximo da perfeição. Tinha o desfalque de Muller, mas o futebol coletivo da equipe levava a crer que era possível superar o problema. Do outro lado, a Espanha, favorita desde o início da competição, com um time extremamente técnico e um elenco de imensa qualidade. Durante a Copa, a equipe sempre manteve o mesmo padrão de jogo. O time sempre tinha a posse de bola, tocava com maestria, criava diversas chances, porém, na hora de finalizar, pecava pela imprecisão e pelo preciosismo. A Espanha havia prometido futebol bonito, mas não conseguia cumprir a promessa. Quem jogava bonito até agora eram os alemães.


O jogo...
Como era de se esperar os espanhóis começaram o jogo da maneira com que estavam acostumados, tocando a bola, girando de um lado para o outro até encontrar uma brecha na defesa adversária. Era de se esperar que a Alemanha também mantivesse seu padrão, ficando um pouco mais na defesa, mas saindo em velocidade. Era de se esperar, mas não foi assim. Joachim Low segurou seu time na defesa, os garotos não conseguiam tocar a bola, muito menos criar chances perigosas. Resultado, o jogo ficou do jeitinho que a “Fúria” gosta, com bastante espaço para trabalhar a bola e com um adversário que não atacava. Depois de um primeiro tempo pegado e sem muitas chances de gol, a seleção espanhola dominou os germânicos na segunda etapa. Xabi Alonso arriscava de fora, Iniesta armava jogadas perigosas, o gol era apenas questão de tempo. Porém, um lampejo alemão deu indícios de que o jogo poderia mudar. Grande troca de passes na esquerda, cruzamento na área e Toni Kroos, que havia entrado no lugar de Trochowsky, chuta para uma grande defesa de Cassillas. Seria a reação alemã, os meninos retomando seu grande futebol? Podia ser, mas logo depois em uma cobrança de escanteio, Puyol sobe de cabeça e faz 1 a 0 Espanha. Jogo definido, o ataque fora apenas o último suspiro alemão antes da queda. Depois do gol espanhol, os alemães não tiveram mais força para ameaçar o gol de Cassillas. Os espanhóis ainda tiveram uma chance com Pedro, que poderia ter matado o jogo tocando a bola para Fernando Torres, livre, mas pensou tanto em fazer seu primeiro gol em Copa do Mundo que acabou perdendo a oportunidade.


E agora José?
Para Alemanha, fica o gosto amargo da disputa de terceiro lugar. O time surpreendeu a todos, jogou um excelente futebol, mas caiu quando fugiu as suas próprias características. Muller fez falta, mas a postura defensiva do time não foi apenas conseqüência de sua ausência. Low errou na maneira que armou o time, acabou fazendo o jogo que a Espanha queria. Até tentou concertar no meio do jogo colocando Toni Kroos, mas era tarde de mais. Pena não ver um time tão bonito chegar à final!
Já a Espanha chega à final com todos os méritos, tem grandes jogadores, joga um excelente, mas não cumpre a promessa de ser o grande time, falta alguma coisa, mais do que apenas gols, parece que falta a vontade de se tornar grande. Terá seu grande momento histórico no domingo, não aproveitá-lo agora pode transformar a seleção em apenas uma grande promessa que não se concretizou.



Obs: Galvão Bueno narra muito bem, só que acho que estava narrando outra partida. Até agora não achei o centroavante da Espanha, que ora era chamado de Deivid Villa ora de David Villar, sem falar é claro no Ozil, sendo chamado de algo parecido com Wesley. Pô Galvão, ele era o ganso alemão esqueceu?

segunda-feira, 5 de julho de 2010

Maluco Beleza

Por Lucas Bueno

O confronto entre uruguaios e ganeses, no estádio Soccer, foi épico. Mas, o jogo era o que menos chamava a atenção, pela qualidade técnica de ambos, se comparados aos demais seleções presentes nas quartas-de-finais da Copa do Mundo.

A peleja tinha um interessante enredo histórico que a compunha. Gana era a esperança do continente africano em conquistar o título em "sua" Copa. Vencendo eles seriam a primeira seleção africana a chegar na semi-final de um mundial. Já os celestes voltariam a figurar entre as quatro melhores seleções depois de quarenta anos.


O jogo não empolgava até o último lance da prorrogação. Nesse momento, surgiram os quatro personagens do duelo, Gyan e Adiyiah, por Gana, e Suaréz e "Loco" Abreu pelos uruguaios.

A partida caminhava para a disputa de pênaltis, já que, nos noventa minutos iniciais as seleções empataram por 1 a 1, com gols de Muntari para os africanos e Forlán para os sul-americanos. O relógio marcava cento e vinte minutos de jogo, ou seja, o minuto derradeiro do tempo-extra, quando Gana alçou a Jabulani na grande área pela direita, Prince Boateng escorou de cabeça e em um bate-rebate, Adiyiah cabeçou a bola que ia entrando e dando a classifição à África, até que...


Suárez, o artilheiro do Uruguai, em um ato inesperado e consciente defendeu a cabeçada do adversário com as mãos. Penalidade máxima. Todo o continente africano iria bater, mantendo assim, as esperanças de vitória. Cartão vermelho para o atacante-goleiro. Os uruguaios, desolados, estavam virtualmente desclassificados do Mundial. Gyan, que havia feito na Copa, dois gols de pênalti antes daquele jogo pôs a bola na cal. Ele foi para a cobrança, silêncio no gigante Soccer City. A Jabulani, teimosa como sempre, balançou o travessão de Muslera. Acaba-se o jogo, mas ele ainda não estava definido. Necessitava-se de uma disputa de penalidades para definir o semi-finalista.

O camisa 9 do Uruguai que saía às lágrimas por ser expulso de campo, entrou em êxtase ao ver a possibilidade de classificação ressurgir à Celeste, após erro do ganês.

Nas penalidades, acertos e erros para os dois lados, até que Adiyiah, aquele que quase fez o gol de cabeça foi para a cobrança. Partiu... e perdeu, Muslera defende e aponta para seus companheiros, passando a responsabilidade da definição. Eis que desponta entre os vinte atletas perfilados e abraçados no meio do campo, um jogador conhecido da torcida brasileira e principalmente dos botafoguenses, Sebastían "El Loco" Abreu.


Era a última cobrança, convertendo acabava o jogo. Todos os brasileiros que assistiam a partida sabiam ou torciam para que o "maluco" batesse o pênalti com a cavadinha, relembrando o feito contra o Flamengo na final do campeonato carioca. O foi o que ele fez! Uruguai nas semis.

Zidane é craque ao bater uma penalidade com cavadinha na final de uma Copa, Abreu é louco ao bater com cavadinha na final do Carioca. Agora, o atacante botafonguense deu o famoso toquinho em uma quarta-de-final da Copa. El Loco está evoluindo, o próximo passo será a sua internação em um manicômio.

sexta-feira, 2 de julho de 2010

Premonição

Por Lucas Bueno

No Nelson Mandela Bay, na cidade de Porto Elizabeth, o Brasil perdeu a chance de conquistar a sexta estrela! 2 a 1 para os holandeses.

Com a derrota as deficiências, que antes nas vitórias eram mascaradas ou simplesmente ignoradas, são hoje evidenciadas. Emocional e falta de opções táticas foram os principais pecados verde-amarelos.

Começaremos analisando o plantel de Dunga. Desde os títulos da Copa América em 2007 e das Confederações em 2009, os selecionáveis carecem de diversidade, mas pouco era falado quando defrontado com o resultados recentes do Brasil. O treinador canarinho levou para a Copa da África os 23 melhores jogadores que ele julgava capazes de conquistar o título. Porém, desses seus atletas "comprometidos" apenas Daniel Alves, Ramires e Nilmar tinham condições reais de entrar em campo e mudar a história de uma partida.


Aí eu pergunto, qual o intuito de se levar tantos volantes? Kleberson foi apenas figurante, assim como Josué. Júlio Baptista nunca pode ser a única peça para substituir Kaká. Era mais prudente levar um Ganso e um Hernanes para mudar o esquema desse time.

Alguns poderão pensar que agora, após um revés, é fácil encontrar defentos, ainda mais, depois de tantas vítórias. Mas, essa carência por alternativas era debatida incessantemente antes da Copa e o erro na convocação de Dunga foi comprovado contra a Holanda.

O outro aspecto prejudicial ao Brasil no confronto contra os laranjas foi o nervosismo. Após comandar as ações no primeiro tempo de jogo e perdendo boas chances de ampliar o placar, a seleção tupiniquim desmoronou quando sofreu o gol de empate, depois do descuido de Júlio César e Felipe Melo em bola alçada na área. Com isso, toda "armadura" brasileira, já que o "Dunga é o guerreiro", esfacelou-se e veio o segundo gol. O Brasil tinha vivenciado, uma única vez, nesses quatro últimos anos uma situação parecida como a de hoje, quando o time estava atrás do placar. Essa vez fora na final da Copa das Confederações contra os estunidenses. Depois de estar perdendo por dois gols, conseguimos a virada. O cenário da África era um pouco distinto. Os brasileiros sofreram a virada no placar e os onze adversários não eram dos EUA, mas da Holanda, muito mais bem preparados para a vitória.


Os resquícios de esperança por uma virada acabaram no momento em que Felipe Melo foi expulso do gramado, por isso o título do post ser, Premonição. O esquentadinho, aprendiz de xerife, que fazia uma boa partida sendo determinante no gol do Brasil, dando uma assistência primorosa para Robinho, a destrui quando pisou na perna de Robben.  O temor de que ele poderia deixar o Brasil, com um a menos em campo, concretizou-se no momento mais importante da caminhada rumo ao hexa, até então, as quarta-de-final.

Todo esse comprometimento de Dunga estagnou no mesmo ponto que Parreira, com toda aquela bagunça, na Alemanha, quando ficou também entre os oito melhores de uma Copa do Mundo.

Resta ao Brasil chegar da África do Sul e iniciar um novo projeto visando a Copa do Brasil. Dunga não continuará no comando da amarelinha, além disso, uma reformulação de jogadores deverá ser feita. Talentos não nos faltam.


quarta-feira, 30 de junho de 2010

Com um pé nas costas

Por Lucas Bueno

O Brasil teve sorte ao cruzar nas oitavas-de-finais com o Chile, velho conhecido continental e maior perdedor em duelos no período Dunga, a enfrentar uma seleção que pratica o anti-futebol, a Suíça.

A seleção chilena, do treinador argentino Marcelo Bielsa, El loco, atraía olhares atentos dos fãs de futebol, pelo fato de "inovarem" no meio de tanto pragmatismo existente nesta Copa do Mundo. Durante todo o Mundial, Bielsa armou seu time ora num 4-3-3, ora em um 3-3-1-3, com o intuito de reter maior tempo de posse de bola, com dois pontas bem abertos e visar sempre o gol.

Essa tática ofensiva chilena era o ideal para o jogo dos comandados de Dunga encaixar e a classificação se concretizar. E foi isso mesmo que ocorreu. Brasil 3 a 0, sem se esforçar tanto.

Calor dos jogadores mostra maior movimentação no meio

O Chile tinha desfalques no setor mais problemático da seleção, a defesa. Medel, Ponce e Estrada estavam suspensos. Já pelo lado canarinho, Elano e Felipe Melo lesionados deram lugar a Daniel Alves e Ramires. Uma formação inédita de meia canja, mais leve e que deu muito certo no desenrolar da partida.

O jogo começou com maior posse de bola chilena, 73%, o que era esperado. O Brasil aguardava pacientemente para armar seus contra-ataques, sua arma letal, puxados por Kaká. A maior preocupação brasileira era pelo lado esquerdo, onde Michel Bastos ainda não agradava, e também pelo fato de Isla e Alexis Sanchez formarem uma boa dupla pelo flanco direito do campo. Mas o camisa 6 verde-amarelo fez sua melhor partida nesse confronto, anulando as investidas de Sanchez.


Com o desenrolar da partida, naturalmente, saiu o primeiro gol brasileiro, após cobrança de escanteio e cabeçada de Juan. O jogador da Roma-ITA, fez seu quarto gol diante dos chilenos. O zagueiro juntamente com o capitão Lúcio formam a melhor dupla de zaga da Copa, sem cometer erros. Com o gol, o Brasil se tornou dono do jogo. E em um contra-golpe rápido, puxado por Robinho, Kaká deu belo passe para Luís Fabiano fazer um gol de artilheiro, driblando o goleiro e colocando a Jabulani no fundo do gol. Duelo decidido.

O Chile já entrou em campo derrotado, lembrando-se do duelo de 1998, onde perdera por 4 a 1. A seleção, hoje, pentacampeã mundial causa espanto aos adversários.


Na etapa complementar a equipe de Dunga se poupou. Ele até pode colocar em campo, Kleberson e Gilberto, até então coadjuvantes. Antes de se encerrar a partida deu tempo para o maior carrasco do Chile, atualmente, Robinho anotar o seu oitavo gol, na era pós 2006, tornou-se o maior carrasco chileno ao lado de Pelé, depois de bela arrancada de Ramires. Esse mudou a cara do meio-de-campo brasileiro, mas por inocência tomou seu segundo cartão amarelo, quando o jogo já estava definido e não enfrentará a Holanda.

Freguês como sempre, os chilenos voltaram para casa demonstrando ao mundo um futebol não "europeizado", gostoso de se ver. Já o Brasil chegou na fronteira, as quartas-de-finais. Há quatro anos, na Alemanha, a bagunça da comissão técnica, jogadores e dirigentes resultou ao Brasil também chegar entre os oito melhores do mundo. Agora, todo o comprometimento do treinador está a prova. Superará Weiggs ou retornará para o Brasil eliminado, sendo o principal responsável por uma nova Era Dunga?
   

A História da Copa

Por Edu Ribeiro

Com o final das oitavas, estamos cada vez mais perto do fim do mundial. Muita coisa aconteceu nas últimas semanas, vitórias e derrotas, decepção e alegria.
A BBC Sports registrou brilhantemente estas emoções em um vídeo com os melhores momentos da Copa até agora.

Então, enquanto as quartas não chegam, curtam o que de melhor aconteceu até aqui!

segunda-feira, 28 de junho de 2010

Futebol, finalmente!

Por Edu Ribeiro

Até o último fim de semana, a Copa do mundo ainda não empolgava muita gente. Jogos monótonos, poucos gols predominavam nos certames. Fora algumas partidas esporádicas, como Alemanha e Austrália, Portugal e Coréia, Itália e Eslováquia, a maioria dos jogos seguia com o mesmo padrão, 2 a 1, 1 a 0, por aí. Mas chegaram as oitavas e a coisa parece ter mudado. Emoção, gols, erros de arbitragem, neste fim de semana finalmente tivemos futebol. Deixaremos Uruguai e Coréia do Sul de lado, este já foi detalhado pelo amigo Lucas Bueno. O destaque de sábado foi mesmo Gana x EUA. Os ganeses, últimos africanos na disputa pelo titulo, defendiam a honra do continente, enquanto os norte-americanos ganharam destaque devido a sua força de recuperação durante a primeira fase. O jogo não primou pela técnica, mas teve emoção de sobra. Gol de Gana logo no ínício, reação dos EUA, prorrogação, mais um gol dos africanos, o goleiro Howard na área adversária para tentar o gol de empate, ou seja, um jogo digno de Copa do Mundo.

Os dois times faziam um bom Mundial, mas um tinha que cair. Os estadunidenses voltam para casa, mas voltam com orgulho de terem apresentado um time raçudo, que lutou até onde suas forças permitiram. Já Gana ganha o apoio de todo o continente para realizar o sonho de ser a primeira seleção africana campeã mundial.

Festa ganesa! O time é a última esperança da África.

Já no domingo...
Inglaterra e Alemanha protagonizaram a melhor partida da Copa até agora. Os ingleses, mesmo não apresentando um bom futebol durante o campeonato, tinham em suas estrelas, Rooney, Gerrad e Lampard, a esperança da reação. A Alemanha, que encantou com seu time jovem na primeira fase, carregava a dúvida se Oezil, Muller e cia conseguiriam mostrar o bom futebol em um jogo de peso. Dúvida respondida, show dos “meninos da Viller”. Até Klose, que não prima pela técnica, deu grandes passes nos gols da alemanha, e claro, marcou o seu. Tabelas rápidas, dribles, contra-ataques fulminantes, os germânicos fizeram um jogo digno de Santos.

Com contra-ataques rápidos, Alemanha arrasa Inglaterra.

A Alemanha jogou o melhor futebol do torneio até agora, tem o time mais bem montado, além de bons valores individuais, como Podolsky, Muller, e Oezil, o ganso alemão. Já a Inglaterra volta para casa carregando o fracasso de uma geração. Terry, Lampard, Gerrard, Ashley Cole, nenhum deles conseguiu mostrar em copas o futebol que jogam na Premiere League. Rooney, devido à sua contusão, veio à Copa apenas a passeio, não jogou metade do que sabe, mas tem mais Copas do Mundo pela frente.

O domingo acabou com o bom jogo entre Argentina e México. Os mexicanos não se intimidaram com a camisa hermana e partiram para cima. Jogavam melhor até o banderinha cometer a hereseia de dar o gol de Tevez, em um impedimento que até Ray Charles perceberia. Depois, ficou fácil para Argentina, a defesa mexicana não resistiu ao excepcional ataque composto por Tevez, Messi e Higuain. Carlitos fez um golaço e o México ainda diminuiu com um belo gol do jovem e bom Hernández.

Time unido em torno de Maradona.

Os hermanos, porém, aprensentaram problemas na defesa, zagueiros lentos e um meio de campo pouco marcador, fatores que os mexicanos não souberam aproveitar. Argentina vem forte para as quartas-de-finais, Maradona, o grande personagem do time, não é apenas técnico, é idolo e amigo dos jogadores. Comprometimento bem diferente do que ocorre no Brasil. Imagina se o Luis Fabiano abraçaria o Dunga do jeito que o Tevez abraçou “Dieguito”?

Embalos de sábado de manhã...
Sabadão promete, não marque compromissos para às 11 horas da manhã, pois Argentina e Alemanha vão se enfrentar. Os germânicos tem o melhor time, a Argentina os melhores jogadores no ataque. Resta saber se a união e a força ofensiva dos hermanos serão suficientes para compensar os problemas de sua defesa, que irá sofrer com a velocidade da garotada alemã.

Obs: O leitor deve achar estranho não haver nenhum comentário sobre o gol de Lampard que o juíz não deu. Pois bem, jornalismo imparcial é balela, estou muito simpático ao futebol da Alemanha e se, dois chapéus anulam dois gols, 4 a 1 com show anula um gol legal não validado. Imagina a Inglaterra com este futebol feio avançando para as quartas, era capaz até de ser campeã, logo, o juíz não fez nada mais que justiça.

domingo, 27 de junho de 2010

O brilho azul Celeste

Por Lucas Bueno

Apenas dezesseis seleções passaram às oitavas-de-final da Copa da África e o primeiro duelo realizado foi entre Uruguai e Coréia do Sul. Duas escolas diferentes de futebol. Os sul-americanos, carregam dois títulos mundiais em seu histórico, e os orientais mostram que o futebol asiático segue progredindo ano a ano. Quem se deu melhor foram os uruguaios, 2 a 1, com os tentos anotados pelo seu artilheiro Luis Suárez, jogador do Ajax-HOL.

A Celeste chega a fase de quartas-de-final da competição, onde restam apenas oito equipes, após 40 anos. A última vez fora eliminada na Copa do México em 1970 pelo Brasil, por 3 a 1.


A seleção atual chegou à África do Sul desacreditada. Eu mesmo escrevi neste blog, antes do início do Mundial, que os uruguaios eram apenas raça e que não assustariam ninguém. Equivoquei-me. Diego Lugano, o zagueiro e capitão do Uruguai, já tinha dado o recado quando desembarcou no continente africano. O ex-sãopaulino disse que a Celeste vinha forte e poderia surpreender nesta Copa por saber das suas limitações, diferentemente de outras seleções passadas.

A equipe começou o torneio empatando sem gols com os franceses, um jogo que não entusiasmou ninguém. Para o andamento do campeonato o treinador uruguaio, Oscar Tabárez, promoveu uma alteração. Sacou um meio-de-campo, colocou Cavani, jogador do Palermo-ITA, na frente e recuou Forlán para armar as jogadas. A equipe fluiu melhor em campo, chegando entre os oito melhores do mundo.


O Uruguai pode surpreender ainda mais. Possui na defesa dois zagueiros experientes e que passam confiança aos demais, Diego Lugano e Godín. Na parte central, os incassáveis e voluntariosos, Pérez e o Guinazu uruguaio, Arévalo Rios, protegem a defesa e a meta de Muslera. Na frente, nossos vizinhos possuem uma dupla de ataque excelente que vivem em grande fase. Forlán que terminou a temporada 09/10 dando o título da Liga Europa ao Atlético de Madri e o artilheiro da seleção na Copa com três gols, Suárez.

O próximo desafio da Celeste são os fortes ganeses, único representante sobrevivente da "mama África"  na segunda fase da Copa. Mais adiante os uruguaios poderão enfrentar o Brasil, em um possível duelo pelas semi-finais. Aí lembraremos do Maracanaço em 1950, de 1970... Esperaremos o desenrolar dos fatos, para possivelmente, nos vermos novamente em um Mundial, porque a zebra anda solta no safari africano.

Que Chatice!

Por Lucas Bueno

O embate entre a antiga colônia e seu colonizador, Brasil e Portugal, era o confronto mais aguardado pelos torcedores e foi o que menos os empolgou. As duas seleções jogavam no belíssimo estádio em Durban, o Moses Mabhida, buscando o primeiro lugar do grupo e fugir, consequentemente, de um possível confronto com a seleção espanhola, já nas oitavas-de-final do torneio.

Logo na escalação das equipes percebeu-se que o treinador português não sairia para o jogo. Armou sua equipe em um sistema com quatro zagueiros, cinco no meio e apenas um atacante, Cristiano Ronaldo. Carlos Queiroz congestionou seu meio-de-campo promovendo a entrada de Pepe, Ricardo Costa, Danny e Duda. A proposta lusitano era fechar o lado direito do Brasil, o mais forte, e jogar nas costas de Maicon. Já pelo lado canarinho, Dunga colocou Júlio Baptista no lugar de Kaká, Daniel Alves no de Elano e Nilmar, esse a novidade, no posto de Robinho, que sentiu um desconforto muscular sendo preservado.


O jogo foi carente em lances de gol. Apenas Nilmar, na primeira etapa, quando a Jabulani tocou a trave portuguesa após chute de canhota e Ramires, nos acréscimos do segundo tempo, tiraram o Uhh.. dos brasileiros. O confronto será lembrado pelos lances violentos, mas especificamente, dos projetos de xerifes Felipe Melo e Pepe. O volante brasileiro, que antes da Copa, disse que iria se controlar nas partidas, não se conteve avistando um adversário semelhante a si do outro lado do campo. Resultado do embate, ambos receberam cartão amarelo, no total de sete na partida. Felipe Melo sofreu uma entrada maldosa de Pepe e ainda no primeiro tempo foi substituído por Josué, mas sem antes dar o troco no português. Acertadamente Dunga sacou o número 5 evitando uma possível expulsão do esquentadinho volante.

No decorrer do duelo as dificuldades da nossa seleção ficaram em evidência. Não há uma alternativa de jogo, quando não temos Kaká em campo. Júlio Baptista não é "o cara", comprovando que Nilmar, é mesmo, a melhor opção para subtituir o camisa 10, recuando Robinho para a função de meio. Outro problema é o lado esquerdo. Michel Bastos não está agradando, com isso, a saída de bola brasileira se concentra pelo flanco direito.


Pelo lado português, o lateral-esquerdo Fábio Coentrão e o volante Raul Meirelles se destacam na África do Sul. Já o badalado Cristiano Ronaldo foi escolhido o melhor jogador do confronto pela Fifa. Eleito mais por sua imagem marqueteira a um belo futebol apresentado diante dos brasileiros.

Um 0 a 0 chato! Bom para o Brasil que classificou-se em primeiro lugar no grupo, e repetirá contra o Chile o duelo das oitavas-de-final da Copa da França de 98, 4 a 1 para nós. "El loco" Bielsa e seus comandados prometem aprontar diante dos pentacampeões e superar o resultado de doze anos atrás. Dunga, como treinador, venceu os chilenos por cinco vezes. A sexta vitória virá na segunda-feira no Ellis Park, em Joannesburg. Assim espero.

quinta-feira, 24 de junho de 2010

Dov´è la vittoria?

Por Edu Ribeiro

A Itália lutou, garantiu emoção até o último segundo da partida, quando o goleiro Mucha bate o tiro de meta e o juíz Howard Webb apita o fim de jogo, marcando o ínicio da desolação italiana. A “Azzura” tentou o quanto pode, mas esbarrou em suas prórpias deficiências técnicas.

O jogo não foi bonito, mas com certeza foi o mais emocionante da Copa, ainda apimentado pelo outro jogo do grupo, entre Paraguai e Nova Zelândia. O grupo estava completamente embolado, chegando ao ponto de caso os neozolandeses ganhassem, conseguiriam a classificação para as oitavas. Seria péssimo para o futebol, mas pelo menos o uniforme mais bonito do mundial continuaria no torneio, a camisa preta da Nova Zelândia.


Segunda camisa da Nova Zelândia, a mais bonita do mudial

Ops, voltando para a Itália, mesmo com 3 a 1 no placar aos 41 do segundo tempo, os italianos não desistiram, dimuinuiram a diferença e ainda tiveram chance de empatar, desperdiçada pelo atacante Pepe, cujo futebol não é nada semelhante ao antigo homônimo, segundo maior artilheiro da história do Santos, atrás apenas de um Pelé.

Mesmo não obtendo exito, vale ressaltar a luta da Itália. O time ter se mantido vivo até o final, mostra que mesmo em uma situação aparentemente irreversível, como a que se apresentou no jogo, a tradição da camisa ainda é forte. Porém a camisa não joga sozinha, para a Itália, faltou quem a vestisse dignamente. A Azzura não soube renovar o time que já era envelhecido em 2006. Manteve jogadores que caíram consideravelmente de nível em relação ao último mundial, como Zambrotta e Canavaro, além de não conseguir repor uma das pessas fundamentais do tetracampeonato, Totti. Sem ele, o meio-campo italiano não teve criatividade e, com a ausência de Pirlo, tudo ficou nos pés de De Rossi, o último cérebro pensante que restou na equipe.


Raça até na hora do hino, mas faltou futebol dentro de campo

No intervalo entre os mundiais, a Itália não conseguiu revelar nenhum valor que pudesse substituir os já em decadência campeões mundiais. A queda foi visível, até mesmo na defesa, que historicamente sempre foi o setor de destaque na equipe, onde ocorreram diversas falhas que contribuiram à eliminação.

A Itália, assim como a França, é o reflexo da queda de qualidade do futebol europeu. Não o de clubes, mas o de jogadores nascidos na Europa. O melhor time da Itália, a Inter de Milão, por exemplo, não tem nenhum italiano no seu time titular, e apenas alguns no elenco. Com equipes, cada vez mais, compostas por jogadores de outras nações, não existe mais espaço para novos talentos nativos surgirem nas grandes equipes. Os jovens acabam sendo renegados à times de pequeno e médio porte, e muitos talentos acabam sendo desperdiçados. As perspectivas são de um enfraquecimento cada vez maior das seleções europeias, mas em contrapartida, um fortalecimento dos outros centros, cada vez com mais jogadores atuando na Velho Continente, vide as campanhas de México, Uruguai e EUA na primeira fase na África, por exemplo.


Mesmo com todos esses problemas, resta à Itália renovar seu time. Como falamos de futebol italiano, alguns “jovens” jogadores de 25 anos já podem dar uma nova cara à “Azzura”. A Eslováquia, resta aproveitar seus últimos dias na África, até a próxima segunda-feira, 28, quando enfrentam a Holanda, data na qual Srktel (não o Pokemon), Vittel, Hamsik e cia, devem embarcar de volta para casa.

terça-feira, 22 de junho de 2010

O Carma Francês

Por Lucas Bueno

Na primeira Copa do Mundo sem o seu grande astro, Zinedine Zidane, a seleção francesa é desclassificada logo na fase de grupos do torneio, fazendo apenas um gol. Essa eliminação dos Bleus extrapola o nível técnico dos jogadores. A crise envolve desde os jogadores ao governo francês.

A polêmica francesa teve início ainda nas eliminatórias para a África 2010, quando na repescagem contra a Irlanda se classificou após empatar o jogo com um gol irregular, em uma ajeitada de mão escandalosa de Henry, para depois Gallas concluir a gol. A França estava na Copa! Pobres irlandeses.


Até que chegou a hora do sorteio dos grupos para o Mundial. E não é que os franceses tiveram "aparentemente" sorte. Escaparam de Brasil e Argentina, os cabeças-de-chave que poderiam enfrentar já na fase inicial, e as bolinhas os levaram para o grupo A, dos Bafana Bafana. Juntamente com a equipe anfitriã, os Bleus enfrentariam o Uruguai e o México. Um grupo equilibrado, mas "classificável" para a equipe vice-campeã em 2006.

A seleção francesa passa por uma renovação e sempre esse é um período que requer muita atenção e tranquilidade, fatos que foram esquecidos. O treinador Raymond Domenech, o supersticioso do zodíaco, na relação dos 23 convocados deixou de fora duas promissoras revelações, o atacante do Real Madrid, Karim Benzema e o meio campista do Arsenal, Samir Nasri.

O treinador apostou em outros jovens talentos, como o goleiro do Lyon, Lloris, o volante Diaby, do Arsenal, o armador do Bourdeaux, Gourcuff e os experientes, Evra, Gallas, Abidal, Anelka e Henry. E foram, justamente esses cinco últimos, que aguçaram a crise francesa.


Os jogadores, desrespeitando a hierarquia de Domenech, não concordaram com a escalação dos onze titulares para o confronto de estreia contra os uruguaios. Para o segundo confronto "os experientes" queriam algumas alterações na equipe, como o volante Toulalan e Diaby, além do capitão Henry. O grupo estava rachado os jovens de um lado e os mais velhos do outro e no comando.

Após a derrota por 2 a 0 para os mexicanos a crise foi escancarada e uma sucessão de problemas surgiram. O atacante Anelka xingou o treinador no vestiário e foi cortado da seleção, jogadores se desintendem em voo, o preparador físico francês quase sai no tapa com Evra, os atletas se recusam a treinar e dizem não serem apoiados pela Federação Francesa de Futebol (FFF).

Com toda essa guerra de interesses e vaidades, os prejudicados são os próprios profissionais que vão ficar com seus nomes manchados na história do futebol, e principalmente, a população francesa. É vergonhoso! Falta um líder nesse grupo francês, Henry não conseguiu assumir o vazio deixado por Zidane. A crise é tão grave que chegou ao governo francês. O depoimento da Ministra dos Esportes, Roselyne Bachelot, a pedidos do presidente Nicolas Sarkozy resumiu o sentimento dos franceses:


"O futebol francês enfrenta um desastre, não porque perdemos um jogo. Mas porque esse desastre é um desastre moral. O governo francês não intervem no esporte, salvo em casos em que a reputação do país inteiro está em jogo. Como é caso hoje."

"Olhei nos olhos de cada um deles e disse: 'está nas mãos de vocês que os nossos filhos continuem a vê-los como heróis. Para alguns ou muitos de vocês este será, provavelmente, o último jogo em uma Copa do Mundo. Um jogo de Copa do Mundo todos sonharam quando eram crianças.".

A reformulação no elenco será inevitável. O promissor treinador, Laurent Blanc, assumirá o comando da seleção. Agora veremos se o ego será maior que simples jogadores de futebol. ZICA IRLANDESA!