Por Edu Ribeiro
A Itália lutou, garantiu emoção até o último segundo da partida, quando o goleiro Mucha bate o tiro de meta e o juíz Howard Webb apita o fim de jogo, marcando o ínicio da desolação italiana. A “Azzura” tentou o quanto pode, mas esbarrou em suas prórpias deficiências técnicas.
O jogo não foi bonito, mas com certeza foi o mais emocionante da Copa, ainda apimentado pelo outro jogo do grupo, entre Paraguai e Nova Zelândia. O grupo estava completamente embolado, chegando ao ponto de caso os neozolandeses ganhassem, conseguiriam a classificação para as oitavas. Seria péssimo para o futebol, mas pelo menos o uniforme mais bonito do mundial continuaria no torneio, a camisa preta da Nova Zelândia.
Segunda camisa da Nova Zelândia, a mais bonita do mudial
Ops, voltando para a Itália, mesmo com 3 a 1 no placar aos 41 do segundo tempo, os italianos não desistiram, dimuinuiram a diferença e ainda tiveram chance de empatar, desperdiçada pelo atacante Pepe, cujo futebol não é nada semelhante ao antigo homônimo, segundo maior artilheiro da história do Santos, atrás apenas de um Pelé.
Mesmo não obtendo exito, vale ressaltar a luta da Itália. O time ter se mantido vivo até o final, mostra que mesmo em uma situação aparentemente irreversível, como a que se apresentou no jogo, a tradição da camisa ainda é forte. Porém a camisa não joga sozinha, para a Itália, faltou quem a vestisse dignamente. A Azzura não soube renovar o time que já era envelhecido em 2006. Manteve jogadores que caíram consideravelmente de nível em relação ao último mundial, como Zambrotta e Canavaro, além de não conseguir repor uma das pessas fundamentais do tetracampeonato, Totti. Sem ele, o meio-campo italiano não teve criatividade e, com a ausência de Pirlo, tudo ficou nos pés de De Rossi, o último cérebro pensante que restou na equipe.
Raça até na hora do hino, mas faltou futebol dentro de campo
No intervalo entre os mundiais, a Itália não conseguiu revelar nenhum valor que pudesse substituir os já em decadência campeões mundiais. A queda foi visível, até mesmo na defesa, que historicamente sempre foi o setor de destaque na equipe, onde ocorreram diversas falhas que contribuiram à eliminação.
A Itália, assim como a França, é o reflexo da queda de qualidade do futebol europeu. Não o de clubes, mas o de jogadores nascidos na Europa. O melhor time da Itália, a Inter de Milão, por exemplo, não tem nenhum italiano no seu time titular, e apenas alguns no elenco. Com equipes, cada vez mais, compostas por jogadores de outras nações, não existe mais espaço para novos talentos nativos surgirem nas grandes equipes. Os jovens acabam sendo renegados à times de pequeno e médio porte, e muitos talentos acabam sendo desperdiçados. As perspectivas são de um enfraquecimento cada vez maior das seleções europeias, mas em contrapartida, um fortalecimento dos outros centros, cada vez com mais jogadores atuando na Velho Continente, vide as campanhas de México, Uruguai e EUA na primeira fase na África, por exemplo.
Mesmo com todos esses problemas, resta à Itália renovar seu time. Como falamos de futebol italiano, alguns “jovens” jogadores de 25 anos já podem dar uma nova cara à “Azzura”. A Eslováquia, resta aproveitar seus últimos dias na África, até a próxima segunda-feira, 28, quando enfrentam a Holanda, data na qual Srktel (não o Pokemon), Vittel, Hamsik e cia, devem embarcar de volta para casa.
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