segunda-feira, 21 de junho de 2010

Las DOS manos de Diós!

Por Lucas Bueno

O Brasil superou os elefantes marfinenses por 3 a 1, manteve os 100% de aproveitamento e foi a segunda seleção a se classificar para as oitavas-de-final da Copa. O nosso artilheiro, Luís Fabiano, além de anotar dois gols, abriu uma chapelaria africana no Soccer City.

O semblante dos jogadores no aquecimento para a partida era sério, nenhum sorriso era dado. Todos apreensivos para o duelo que prometia muita luta. Drogba, com seu polêmico "braço biônico", Luís Fabiano, que não marcava pela seleção desde setembro de 2009 e Kaká que tenta buscar a forma física ideal para disputar o Mundial, eram os principais nomes.


O jogo foi extremamente marcado. O sueco Sven-Goran Eriksson armou sua equipe num 4-5-1, com Kalou aberto pela esquerda e Dindane pela direita, com o intuito de dificultar a subida dos laterais e a saída de bola brasileira. E essa tática surtiu efeito nos primeiros quinze minutos de jogo. Mas, apenas com marcação forte e sem criatividade, só com Drogba a frente, os marfinenses não venceriam os brasileiros. Essa criatividade em falta, apareceu quando Elano fez um corta-luz para Maicon que chegou cruzando, sem perigo.

Aí foi a hora do trio ofensivo brasileiro atuar e quando se juntam são sinônimo de jogo bonito. Robinho iniciou a jogada que teve um toque de calcanhar de Luís Fabiano até chegar em Kaká. Ele que andava apagado, deu uma assistência para o nosso 9 chegar batendo forte no ângulo do goleiro Boubacar Barry. 1 a 0 Brasil! Esse gol encerra um jejum de seis jogos pela seleção brasileira do atacante.


O jogo continuava brigado e duro. Logo aos seis minutos da etapa final, o lance mais bonito da Copa, até o momento, surgiu como uma pintura. O Fabuloso ganhou uma disputa pelo alto contra Tiéné, onde a bola tocou involuntariamente em sua mão, deu um lençol no companheiro de Sevilla, Zokora e não contente deu outro lençol em Kolo Touré, dominou meio de ombro meio de braço e assinou com um chute forte de esquerda a sua obra-prima.

E não venham reclamar que o gol tinha que ser anulado por toques de mão, porque na regra do bom futebol dois chapéus anulam duas mãos. A regra é clara! Com isso, 2 a 0!

O estranho foi a atitude dos torcedores vaiando o atacante após visualizarem no telão o lance do gol. Eles também deveriam vaiar os jogadores africanos que após tomarem o terceiro gol, de Elano com novamente Kaká dando uma assistência, abriram sua caixa de ferramentas. O meio campista Tioté acertou criminosamente Elano, que saiu machucado do gramado. Além de Keita que solou Michel Bastos e forçou a expulsão de Kaká. A força física quis se impor ao talento. Em vão. Com apenas um artista da bola em sua seleção, o atacante Didier Drogba, a Costa do Marfim teve "força" para anotar apenas um tento, após desatenção da defesa brasileira. Final de jogo, 3 a 1 Brasil!


A vitória e a classificação brasileira não podem mascarar os erros tupiniquins. A saída de bola com Gilberto Silva e Felipe Melo ainda é deficiente e lenta. Michel Bastos precisa ganhar mais confiança pela esquerda. A forma física de Kaká não pode ser escondida pela boa atuação que teve, sem contar sua falta de malandragem quando foi expulso por falta de malandragem. O Brasil sofreu, pela segunda vez na África, um gol no final de jogo por excesso de tranquilidade.

O Brasil segue em frente e evoluindo ao longo da Copa. O próximo adversário serão os portugueses que sacolaram os coreanos por 7 a 0. Isso mesmo, sete!

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