terça-feira, 13 de julho de 2010

Gracias!

Por Lucas Bueno

Esta Copa da África recompensou seleções que demonstravam em seu jogo a verdadeira essência do futebol: a arte e a plástica.  A Espanha,  ganhadora desse Mundial, é o sinônimo que melhor exemplifica o futebol bonito.

A Fúria, que tinha a fama de desapontar seus torcedores nos momentos em que a vitória parecia garantida, entrou para o seleto grupo de sete seleções, agora são oito, Brasil, Itália, Alemanha, Argentina, Uruguai, Inglaterra, França e Espanha, que conquistaram um Copa do Mundo.


A Espanha é desde a conquista da Eurocopa de 2008 o reflexo do futebol praticado dentro de seu país. Ela possui uma liga nacional forte, onde todos os jogadores querem atuar, por beneficiar o jogo bonito e a habilidade. Tem dois dos maiores clubes de futebol do mundo, Real Madri e Barcelona, além da seleção ser a base do time catalão, responsável pelo melhor futebol do mundo. Sete dos onze jogadores espanhóis que iniciaram a final contra a Holanda são do Barcelona: Puyol, Piqué, Busquets, Xavi, Iniesta, Pedro e o mais novo contratado David Villa.

La Roja venceu os laranjas na final não fazendo seu melhor jogo na Copa. Os espanhóis tiveram a maior posse da bola em todo o campeonato, mas por um excesso de preciosismo em alguns momentos, não faziam gols, por isso, foi a campeã mundial com o menor número de gols marcados na história, oito no total.


Alta qualidade nos passes, marcação sob pressão por boa parte dos jogos, defesa sólida e um goleiro muito confiável, esses são os fatores que resumem com eficiência o atual momento espanhol. Sem esquecer de mencionar, como é bom e proveitoso possuir no banco de suplentes jogadores capazes de entrar e definir uma partida (não é mesmo Dunga!). Fernando Torres, David Silva, Reina, Mata, sem contar com outros dois jogadores que entraram durante a final e ajudaram os espanhóis, Fábregas e Jesus Navas.

Navas entrou para ser um légitimo ponta-direita. Rápido e habilidoso jogou atacando o setor mais fraco da Holanda, o de Van Bronckhorst. Outro que entrou para decidir o jogo foi capitão do Arsenal, Fábregas, deu uma assistência para Iniesta marcar na prorrogação.

A Holanda, por sua vez, adotou, simplesmente, a tática de não jogar. Preferiu freiar o jogo espanhol com seguidas faltas, apostando em falhas do adversário, que resultaram por duas vezes chances para Robben, cara-cara com Casillas, desperdiçar o gol.


O futebol mundial agradece a Espanha por ter vencido a Copa do Mundo. Acredito que a "nova" Alemanha demonstrou, nos seus melhores momentos, um jogo mais agradável de se ver. Mas esse Mundial presentiou a seleção que melhor atuou nos últimos quatro anos, perdendo apenas duas vezes em 52 partidas.

Obrigado Espanha por dar novamente esperanças ao verdadeiro futebol! Hasta 2014...

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