por Rafael Regis
Durante toda a semana uma pergunta pairava na mídia: qual seria a formação do Santos para as semifinais contra o São Paulo? Era quase unânime a idéia de que entrar com o 4-3-3, tendo o Arouca como único volante, seria pura loucura.
Durante toda a semana uma pergunta pairava na mídia: qual seria a formação do Santos para as semifinais contra o São Paulo? Era quase unânime a idéia de que entrar com o 4-3-3, tendo o Arouca como único volante, seria pura loucura.
Engraçado! Ao longo de todo o campeonato paulista foram só elogios à ousadia de Dorival Júnior e ao futebol ofensivo dos meninos da vila. Futebol que, aliás, fez com que o Santos terminasse a primeira fase da competição disparado na liderança, a 10 pontos do segundo colocado e com incríveis 34 gols de saldo.
Porém, o próximo adversário era um cada vez mais arrumado São Paulo e ainda no Morumbi. Para a equipe santista, nada mais sensato do que sacar um atacante e reforçar o meio de campo. Na pior das hipóteses, o Santos resolveria em casa e com a vantagem do empate.
Foi exatamente isso que Dorival Júnior NÃO fez. No domingo à tarde entraram em campo Felipe, Wesley, Edu Dracena, Durval, Léo, Arouca, Marquinhos, Paulo Henrique, Robinho, Neymar e André. No primeiro tempo, o São Paulo começou melhor, mas em boa chegada pela esquerda, Léo cruzou rasteiro e Júnior César desviou contra a própria meta. Santos 1x0. Era tudo o que Tricolor não queria, começar perdendo e ter que sair, possibilitando boas chances de contra-ataque ao veloz time da vila. Para piorar, Marlos foi expulso após receber segundo cartão amarelo por falta em cima de Robinho, e André, completando lindo passe de Neymar, fez o segundo para o alvinegro praiano. Era o ensaio de mais uma goleada dos meninos.
A potencial goleada não se concretizou, pelo contrário, o São Paulo voltou muito melhor do intervalo e dominou o segundo tempo. Logo aos sete minutos Hernanes fez jogada de craque e bateu no único lugar por onde a bola poderia chegar às redes. Logo em seguida, o Santos teve com uma bola chutada por Robinho no travessão o que seria uma das únicas chances do peixe na segunda etapa.
Depois disso, o time do São Paulo fez parecer que eram eles que estavam com um homem a mais em campo e, com bola levantada por Cicinho, que entrara no intervalo no lugar de Washington, Dagoberto cabeceou livre para empatar a partida, belo gol. Falha de Wesley que não acompanhou a linha de impedimento e deu condições. Voltaram as esperanças dos torcedores do Tricolor e, também, as críticas dos jornalistas.
Dorival Júnior, desesperado com a reação do adversário, sacou Neymar e Marquinhos, ambos apagados, para a entrada de... volantes? Não! Entraram os meias Zé Eduardo e Madson, ambos com características extremamente ofensivas. E foi dos pés do baixinho que saiu o cruzamento na medida para Durval, o cangaceiro da Vila, marcar de cabeça e pedir um churrasquinho na comemoração. Quem disse que só os moleques tem senso de humor?
E o ofensivo Santos saiu do Morumbi com uma importante vitória e, para muitos, com o título paulista.
Aee Rafa!! irado cara, muito bom o texto, vou começar a acompanhar, entao quero ver postagens frequentes em!
ResponderExcluirVamo lá Peixãão, campeão de tudo esse ano!!
Bom texto
ResponderExcluirmas esqueceu do fato de a questão sobre a escalação de mais um volante é parte de uma grande manipulação da mídia hegemonica e diteitista. O Santos, como movimento social, é naturalmente atacado pela grande mídia.
No entanto, no Brasil de Fato e na Agência Adital, é póssivel observar que o esquema com apenas um volante foi amplamente defendido durante a semana, de modo a evitar o golpe da direita que ocorreria com uma vitoria do SP
Parabens pelo blog
Abraços,
Vin "Esquerdinha" Diesel
PS: O certo é tendo Arouca, não tendo o Arouca