quinta-feira, 10 de março de 2011

Ele ainda voltará

Por Lucas Bueno


Todo começo de semana, exceto para os jornalistas é claro, volta-se ao trabalho com um passo relativamente mais lento devido a tranquilidade natural do descanso pós fim de semana. Mas aquela segunda-feira foi única. Ronaldo, o Fenomêno, iria se aposentar. A redação com seus mais de vinte televisores, sintonizados no mesmo canal, se dividiu em nichos, os corinthianos fanáticos, os torcedores do Ronaldo, os curiosos, os de passagem, os chorões. Foi duro ver o craque surgir no monitor e dizer que estava encerrando sua carreira porque seu corpo não aguentava mais.

No decorrer do adeus, se ouvia apenas os batimentos cardíacos acelerados dos aficionados, tum-tum, tum-tum, tum-tum, seguidos sucessivamente por profundo suspiros de agonia.
Ao final do discurso, todo aquele silêncio e emoção foram esquecidos, a racionalidade e objetividade às vezes chata do jornalismo voltaram com toda força. Gritos soavam: liguem para o pai de Ronaldo, vamos tentar falar com o Fenômeno, cadê o primeiro técnico dele em Bento Ribeiro? Como ainda não participo frequentemente dessa correria do jornal diário, pude sentar no meu canto, em frente ao computador e pensar sobre uma frase dita por Falcão, ex-volante da seleção brasileira, e repetida por R9 em seu discurso de despedida.

“O jogador de futebol morre duas vezes, uma quando encerra sua carreira e a outra pela lei natural da vida.”.

Não que eu seja negativista ou que viva em uma crise existencial, mas a palavra morte ficou batucando em minha cabeça. Não conseguia, era inviável associar Ronaldo com o apagar das luzes. O maior artilheiro já existente em Copas do Mundo, capaz de proporcionar aos brasileiros uma alegria ingênua e confortante não podia parar. Os meros mortais morrem, as lendas se eternizam.

O povo se identifica com Ronaldo, uma vida dos sonhos. Não. Acredito que seja mesmo de um belo enredo dos tempos áureos dos folhetins das oito. Sucesso, fama, dinheiro, drama, mulheres, reviravoltas, vícios, filhos extraconjugais, escapadas noturnas, todos em uma trama só. Isso sim é sucesso!


Já nos seus últimos esforços como profissional, o agora “Gorducho” voltou a atuar nos certames brasileiros. Bastou apenas seis meses para Ele nos mostrar a essência mais pura do futebol tupiniquim. Diferentemente, é claro, daquele futebol característico apresentado na Espanha e que lhe rendeu o apelido de El Fenómeno, aliando velocidade, habilidade e explosão. Aqui a surpresa era diferenciada e exclusiva.

E foi ali, logo na estreia de Ronaldo pelo Corinthians, em um jogo contra o rival histórico que a Fênix ressurgia mais forte. Instantes finais de clássico, bola cruzada na área e a redonda encontra o redondo para empurrá-la carinhosamente para o fundo do barbante, como sempre fez. Explosão no estádio. Só de pensar arrepia, e olha que não sou nenhum corinthiano. Esqueça o gol, isso é questão de vaidade como diria um amigo meu. O que se eternizou foi a comemoração do jogador, creio a mais espontânea já feita em toda sua carreira. Sem saber o que fazer, Ele correu pulou na grade do estádio e ficaram ali, ídolo e torcedor no mesmo patamar de importância, trocando sorrisos e olhares empolgados na mesma sintonia. 

Com a empolgação e o excesso de pessoas o alambrado cedeu. Quem se importa. O cara voltou. Era o Messias voltando à terra prometida para nos salvar da mesmice que esse futebol tão rico se transformou. Ele fez todos os brasileiros voltarem a serem crianças, sem perder a esperança.

Voltando do insight momentâneo e do patriotismo um pouco fora de controle, ouço da televisão que o adeus era um até breve. Haverá dois jogos de despedida para o R9, um pela seleção canarinho e outro pelo bando de loucos. No fundo sabia que Ronaldo não abandonaria o povo com um gostinho de quero mais. Ainda existirão mais espetáculos. A alegria retornará. Volto para o trabalho e me deparo cantarolando uma música, e como escreveu o compositor, “Não me intimido parto pra cima e só me contento quando ouvir a galera entoando esse canto, Goool! Sou Ronaldo!”.

sábado, 29 de janeiro de 2011

Gold Coast verde e amarela!


Por Rafael Regis

Quase meia-noite no Brasil e do outro lado do mundo uma das promessas do surfe nacional carrega nossa bandeira enquanto levanta o troféu do Hurley Pro Junior 2011.
De virada, em uma final disputada e de ondas não tão boas, Peterson Crisanto derrotou o local da Gold Coast, Thomas Woods. O crowd que assistia a bateria em Burleigh Heads, e que torcia pelo conterrâneo Woods, demonstrou esportividade e recebeu calorosamente o brasuca na saída da água.

Atitude totalmente contrária demonstrou Mick Fanning. O bi-campeão mundial de surfe que comentava a final pela transmissão ao vivo do site da Hurley não escondeu a frustração de ver Woods ser derrotado para um brasileiro em casa. Mesmo em baixo-astral, Fanning teve de se render e elogiar o alto nível de surfe apresentado por Crisanto ao longo de toda a competição.

Ventava muito em Burleigh Heads quando Peterson Crisanto e Thomas Woods caíram na água. A correnteza forte e as séria demoradas indicavam que os surfistas deveriam aproveitar bem as ondas que viessem. Thomas Woods começou melhor e, com pouco mais de 9 pontos, liderou a bateria por um bom tempo. E quando t udo parecia já definido, Crisanto dropou uma direita e já emendou uma bela manobra com um layback estiloso. Bastante potência e muita água no ar, mas a onda parecia ter chegado ao fim. Que nada! Crisanto segurou, acelerou e foi manobrando, do jeito que dava, até o inside. No final ainda achou um 360 que completou com perfeição.

A nota demorou a sair, mas a voz falha de Mick Fanning não deixou dúvidas de que Peterson Crisanto havia assumido a liderança. Ele saiu pela areia e correu para as pedras, crente de que Woods responderia logo em seguida. Nada disso. O tempo se esgotou e Crisanto pôde comemorar a vitória do Hurley Pro Junior 2011. No pódio, dedicou a vitória à família e aos amigos da Gold Coast, local onde provavelmente ainda ganhará muitos títulos.

quarta-feira, 22 de setembro de 2010

NEYMAR x dorival jr.

Por Lucas Bueno

Dorival Júnior não é mais treinador do Santos F.C. Esse é o desfecho de uma história que teve início, há duas semanas, com o chilique e excesso de vaidade de um garoto de 18 anos, tendo seu ápice no jogo contra o Atlético-GO, após não ser escolhido para efetuar a cobrança de pênalti, sofrida pelo mesmo.

A punição inicial dada a Neymar foi multa de 30% do salário, além de ser afastado do jogo contra o Guarani. Com o começo da semana e um clássico à vista contra o Corinthians, na Vila Belmiro, o vento, aparentemente, soprava na Baixada Santista, afastando as nuvens nebulosas que pairavam o CT Rei Pelé.


Mas, as vésperas do clássico, a jóia santista foi novamente barrada, com isso, as divergências entre diretoria, presidente e comandante santista se afloraram, tornando a situação, antes confusa, insustentável, ocorrendo por fim a demissão de Dorival Júnior. 

A versão da diretoria santista, dada pelo diretor de futebol, Pedro Nunes Conceição, foi, segundo palavras do própio dirigente. ''Basicamente foram três pontos fundamentais (para a saída do treinador): Dorival teve um crise de autoridade, o que foi acordado com a diretoria não foi cumprido e, com isso, a confiança foi quebrada, e, mais uma vez a hierarquia também foi quebrada. Nós não aceitamos a indisciplina de atletas, mas também não podemos admitir que o clube seja refém de um profissional, ou por vaidade ou por motivos inconfessáveis''.


Já Dorival declarou que houve um mal entendido, uma falta de comunicação com a diretoria, para eles afirmarem que Neymar estaria disponível para o jogo contra o Corinthians. "Em nenhum momento houve essa conversa. Há um mal entendido aí. Desde o princípio, eu afirmei que a punição seria por tempo indeterminado", afirmou o ex-comandante santista.

Não sabemos qual lado da história está com a razão. O certo é que em diversos países, principalmente no Brasil, onde o futebol é uma paixão, os jogadores são super-valorizados. A exposição excessiva que esses possuem na mídia, sendo nomeados celebridades e exemplos pra sociedade, é muito perigosa.

Neymar, um garoto que há dois meses conquistava a Copa do Brasil, dando espetáculos sucessivos ao lado de Robinho, André e Ganso, viu seus companheiros serem negociados para clubes europeus ou lesionado. Assim, a dependência por boas atuações da equipe santista recaiu por completo nos ombros de Neymar e parece que ele não está sabendo lidar com tamanha responsabilidade.

Ao recusar uma proposta de 31 milhões de euros do Chelsea, o camisa 11 do Santos criou um mundo próprio da fantasia, que tem como habitantes os dirigentes santistas, que sempre aliviam para o garoto, o empresário Wagner Ribeiro, além dos carros importados, garotas, roupas, fama, tudo que um menino de 18 anos gostaria de ter.


Do mesmo modo que a imprensa exaltou o jogador arte que Neymar era até o mês de agosto, sem problemas, pensando apenas em jogar futebol, evidencia problemas normais de um adolescente que tenta encontrar sua personalidade, amadurecer e se tornar um homem. Só que o mundo futebolístico é cruel e não dá tempo para um garoto crescer naturalmente, tem que ser imediato. E isso não ocorreu com Neymar. As suas falhas sucessivas demonstram que ele ainda não está pronto para a Europa, onde o profissionalismo está a frente da marra e da vaidade.

O outro ponto conturbado desse fato é a falta de comando que a diretoria santista transpareceu ao lidar com os interesses do seu principal jogador. Um novo mandato da presidência iniciado em janeiro pregava a transparência. Tudo ia as mil maravilhas. Títulos, uma nova safra de talentos e uma atitude pioneira no país em relação a transferência de jogadores brasileiros para a Europa. Eles fizeram um plano de carreira para Neymar até 2014, elevando seu salário, valorizando-o e recusando um caminhão de dinheiro do poderoso Chelsea. Todos exaltaram a posição santista, que faria o mesmo com outra raridade da Vila, PH Ganso.


Mas o que vimos foi uma diretoria refém de um jogador e simplesmente ignorando o histórico de um treinador que com seu esquema ofensivo foi destaque no Brasil, nesse ano de 2010. Dorival foi quem valorizou os Meninos da Vila II, porque lembremos que ano passado, Luxemburgo não dava muita moral a Neymar, Ganso e cia.

Logo mais, às 22 horas na Vila Belmiro, Neymar estará em campo para enfrentar o líder do campeonato. Como um craque, o garoto pode deixar de fora seus problemas e ajudar o Santos a superar o Corinthians. Em particular, acredito que os admiradores do esporte esperam que a equipe santista saia derrotada nesta quarta-feira. O futebol agradeceria, fazendo um pouco de justiça a tentativa de comando proposta por Dorival Júnior. Como diria o outro, A BOLA PUNE, COMPANHEIRO!

terça-feira, 7 de setembro de 2010

Jogamos como nunca e... a esperança reacende

Por Lucas Bueno

Grandes expectativas foram criadas ao redor da seleção masculina de basquete para a disputa do Campeonato Mundial, na Turquia. Toda essa atenção dada pelos veículos esportivos de comunicação tinham alguns propósitos para acontecer, um treinador de ponta e atletas comprometidos.

O incentivo que nossos jogadores precisavam possui um nome, este é Rubén Magnano.  Um argentino que acreditou no projeto de reconstrução do basquete nacional, que já iniciara o projeto com um novo campeonato nacional, organizado pelos clubes a NBB e a modificação de postura, tanto dos dirigentes como dos atletas, quando atuam pela seleção.

Mas Magnano não é um treinador de basquete normal. Foi ele quem revolucionou o basquete argentino levando os hermanos ao vice-campeanato Mundial em 2002, à medalha de ouro olímpica em Atenas 2004 e à medalha de bronze nas Olimpíadas de Pequim.


Ele foi "recrutando" os homens que queria contar para a disputa do Mundial, conseguindo convocar os melhores do basquete brasileiro, até aqueles que atuam pela NBA, fato raro nos últimos anos. O Brasil entrava nesse torneio com o respeito dos demais adversários, não a falsa preocupação que todas as outras seleções diziam ter sobre os brasileiros, mas o real temor de que o Brasil, com Leandrinho, Tiago Splitter, Anderson Varejão e Nenê, que foi cortado antes do início do Mundial com uma lesão no tendão Aquiles, poderia alçar voos maiores, o pódio.

O Mundial começou para o Brasil com duas vitórias, sobre Irã e Tunísia, mas sem convencer. Até que no terceiro confronto da fase de grupo enfrentamos os EUA. Esse duelo marcou realmente o começo do campeonato para a seleção verde-amerela. Surpreendemos os americanos ao perdemos por apenas dois pontos de diferença, tendo a chance de vitória na última bola do jogo. Encerrado a partida, nas ruas, nos bares, na faculdade, o futebol foi deixado de lado para falarmos sobre basquete. Isso mesmo BASQUETE!

Parecíamos os entendedores, mesmo sendo a nação do esporte praticado com os pés, ao invés das mãos. O basquete ressurgia  do esquecimento e com a força que merece. Acompanhamos o jogo contra a Eslovênia, e novamente perdemos por pouco, três pontos. Por uma enorme desatenção e desequilíbrio  no segundo quarto contra os eslovenos, os brasileiros teriam que enfrentar a Argentina nas oitavas-de-final, após vencer com propriedade a seleção da Croácia, no último duelo da fase de classificação. Detalhes que definiram a história dos comandados de Magnano na Turquia. Se vencessemos, o Brasil ficaria com a segunda colocação do grupo, fugiria do chaveamento com norte-americanos e argentinos, tendo em tese, um caminho mais tranquilo até as semi-finais do Mundial.


Com duas derrotas na primeira fase, algumas pessoas começaram a contestar a seleção, que sempre jogava bem, mas saía derrotada no final. E a expressão de jogamos como nunca e perdemos como sempre começou a surgiu.

Essa frase muito usada para falarmos do futebol mexicano em Copas do Mundo, quando sempre dizem que possuem um time forte para chegar entre os quatro melhores, e sempre empacam nas oitavas. O projeto da seleção de basquete vem evoluindo desde a contratação do treinador espanhol Moncho Monsalve, em janeiro de 2008. O país que está sem disputar os Jogos Olímpicos desde Atlanta-96, jogará os Jogos de Londres daqui dois anos, com chances de disputar uma medalha.

Deixando o patriotismo de lado e voltando para a Turquia, o Brasil jogou contra a Argentina, seleção que ocupa a primeira colocação no ranking da FIBA, na arena Sinan Erdem em Istambul, buscando estar entre as oito melhores seleções do mundo.

O jogo comprovou o que se esperava da rivalidade histórica entre brasileiros e argentinos. Do lado tupiniquim estavam o mentor da geração dourada da argentina, Rubén Magnano, além de Huertas, Splitter, Varejão e cia. Já pelo lado hermano estavam os pupilos de Magnano, liderados por Luís Scola, o melhor jogador do Mundial, até então.


Foram 40 minutos brigados, estudados e pensados. O Brasil era liderado por Marcelinho Huertas, capitão e armador da seleção. O camisa 9 liderou a equipe com 32 pontos. Mas essa excelente atuação do nosso atleta não freiou o ímpeto dos argentinos e do seu atleta mais perigoso, Scola, que anotou incríveis 37 pontos. O argentino acertava até quando queria errar, como aconteceu no último lance livre anotado por ele no jogo.

Com o confronto equilibrado, ora os argentinos abriam seis pontos de diferença, ora os brasileiros abriam sete, mas a experiência saiu vencedora novamente, a Argentina. Uma geração que está habituada a disputar grandes decisões ganhou por quatro pontos, 93 a 89, a seleção brasileira, que atuou sempre no limite das possibilidades, deixando os brasileiros orgulhosos e esperançosos para a conquista da vaga para Londres-2012, no Pré-Olímpico ano que vem em Mar del Plata, na Argentina.


Estes doze guerreiros, não aqueles de Dunga, Huertas, Leandrinho, Alex, Varejão, Splitter, Nezinho,Guilherme Giovannoni, Marcelinho Machado, Marquinhos, Murilo, JP Batista e Raulzinho, colocaram, outra vez na vitrine mundial, o basquete brasileiro que vivenciou nos últimos dezesseis anos uma fase nebulosa, sem motivos para sorrir, encontrando, neste atual momento, o caminho dos tijolos de ouro.

Essa seleção certamente deu orgulho aos grandes nomes da história do basquete nacional masculino, Wlamir Marques, Ubiratan, Oscar, Amaury Passos e fizeram com que eles, os sempre defensores da modalidade, voltassem a acreditar no Brasil.


segunda-feira, 26 de julho de 2010

A primeira vez

Por Edu Ribeiro

Renovação, um novo espírito, apostar nos jovens. Todas essas expressões foram utilizadas hoje durante a cobertura da primeira convocação de Mano Menezes. O técnico convocou jogadores jovens, dentre eles 10 que estréiam na seleção. O ex-corintiano agora é exaltado, tanto por sua postura com a imprensa quanto pela escolha dos jogadores. Mano é colocado pela mídia e por Ricardo Texeira, este de forma a tentar de eximir sua culpa na derrota ocorrida na África, como a antítese de Dunga. Mas fazer isso agora, depois do fracasso da seleção e antes do início do trabalho de Mano é fácil. Então, que tal voltar um pouco no tempo antes de demonizar quem passou e endeusar quem está por vir.


Essa foi a primeira convocação de Dunga na seleção. no dia 1º de Agosto de 2006, para o amistoso contra a Dinamarca, em Oslo, na Suíça. (Estão representadas as equipes cujos atletas defendiam na época).

GOLEIROS
Gomes (PSV Eindhoven-HOL)
Fábio (Cruzeiro)

ZAGUEIROSJuan (Bayer Leverkusen-ALE)
Lúcio (Bayern de Munique-ALE)
Luisão (Benfica-POR)
Alex (PSV Eindhoven-HOL)

LATERAIS
Cicinho (Real Madrid-ESP)
Maicon (Internazionale-ITA)
Gilberto (Hertha Berlim-ALE)
Marcelo (Fluminense)

MEIO-CAMPISTAS
Gilberto Silva (Arsenal-ING)
Edmílson (Barcelona-ESP)
Dudu Cearense (CSKA-RUS)
Elano (Shakahtar Donetsk-UCR)
Julio Baptista (Real Madrid-ESP)
Jônatas (Flamengo)
Morais (Vasco da Gama)
Wagner (Cruzeiro)

ATACANTESDaniel Carvalho (CSKA-RUS)
Robinho (Real Madrid-ESP)
Fred (Lyon-FRA)
Vagner Love (CSKA-RUS)

Analisando o contexto no qual ela ocorreu, a lista pode ser considerada boa. O período era também de renovação, de mudar tanto jogadores, quanto a postura de 2006. A agora criticada atitude de Dunga, de comprometimento e seriedade, era exaltada por muitos na época. A lista teve jogadores jovens que se destacavam no Brasil como Marcelo, Jônatas, Morais e Wagner além de outros que estavam em mercados menos populares como Ucrânia e Rússia. Marcaram presença também oito remanescentes da Copa de 2006 (Juan, Lúcio e Luisão Cicinho, Gilberto, Gilberto Silva, Fred e Robinho), os poucos que se salvaram do vexame brasileiro. Por coincidência, São Paulo e Internacional estavam, naquele ano, nas semi-finais da Libertadores, logo, não tiveram seus jogadores convocados. A discussão da época era se Ronaldinho, Kaká e Robinho poderiam jogar juntos. Dunga tentou renovar, apostou em Maicon, muito contestado na época, em Elano, desconhecido por muita gente, jogadores que acabaram se tornando pilares da equipe brasileira. Durante o trabalho, Dunga errou muito, acabou se apegando demais a jogadores leais a ele, o que limitou seu time. Talvez tenha feito isso porque era mais capitão do que técnico, e um bom capitão nunca deixa seu navio, mesmo quando este esteja para afundar. Porém, seu começo não foi tão diferente do de Mano.

Voltando ao presente, a lista de Mano

A convocação é boa, porém ainda é limitada por alguns fatores como contusões, São Paulo e Inter disputarem a Libertadores e pelas férias de alguns jogadores que atuam na Europa. Destes 24 alguns devem seguir até a Copa de 14 e outros devem se perder pelo caminho, talvez nem sendo mais lembrados. Os que têm grande chance estar na Copa, caso continuem na toada que estão hoje são: Victor, Daniel Alves, Thiago Silva, Hernanes, Ramirez, Lucas, Ganso, Neymar, Robinho e Pato. Devem ainda ser lembrados por Mano, mais futuramente, alguns que jogaram 2010 como Luis Fabiano, Maicon, Julio Cesar e Kaká. Já Lúcio e Juan tem qualidade e condicionamento físico para estarem em 2014, porém, Thiago Silva se destaca cada vez mais, sem contar com Henrique e David Luiz, também excelentes zagueiros. Talvez seja a hora para dar espaço para os mais novos também na defesa, pois mesmo os dois “titulares” sendo bons, daqui a 4 anos, os garotos podem estar melhor.


Mano chamou mais jovens que Dunga na sua primeira vez, é também mais qualificado que seu antecessor. Mas 4 anos são muito tempo, então, não se pode já considerar o novo treinador como o messias. Em caso de derrota, não se deve crucificá-lo como foi feito com Dunga. Durante este período, muita coisa pode mudar, novos talentos podem surgir, jogadores podem se machucar, Mano pode chamar um jornalista de cagão, mesmo sendo pouco provável. Enfim, resta esperar para ver e analisar o trabalho de Mano Menezes.

quarta-feira, 14 de julho de 2010

Hello Bola!

Por Lucas Bueno

Nestes últimos quarenta dias, o mundo respirou Copa do Mundo, tudo se relacionava à África. Com o encerramento dos jogos, o esporte em destaque é o basquete da NBA. Todos aguardavam ansiosos para este período de negociações, anteriores a temporada 2010/2011, porque muitos dos jogadores mais valiosos da liga possuíam o passe livre, podendo negociar com qualquer equipe do mundo.

Diante desse cenário, três dos melhores jogadores estunidenses da atualidade, decidiram se unir em busca do tão sonhado anel de campeão. E esses atletas são Dwyan Wade, Chris Bosh e o cobiçado LeBron James. Eles agora atuam pelo Miami Heat. Wade já atuava por lá e convenceu os amigos Bosh, que jogava no Toronto Raptors e LeBron, no Cleveland Cavaliers, a migrarem à Flórida.


LeBron James optou reduzir seus salários, de 128 milhões de dólares por seis temporadas se renovasse contrato com os Cavaliers para 99 milhões de dólares por cinco anos em Miami, todo "esforço" para atuar em um time competitivo e buscar para si o inédito título da NBA.

Outros grandes jogadores negociaram novos contratados foram. O pivô Amare Stoudemire trocou o Phoenix Suns pelo New York Knicks. Carlos Boozer, também pivô, saiu do Utah Jazz para atuar no Chicago Bulls. Outros permaneram em suas equipes, como, Kobe Bryant nos Lakers e o alemão Dirk Nowitzki, no Dallas Mavericks.


A partir desta temporada, a NBA terá mais um representando brasileiro no seu elenco de jogadores. Ele é Tiago Splitter e será o principal reforço do San Antonio Spurs. O pivô de 25 anos atuava no Caja Laboral da Espanha e foi considerado, no último campeonato, o melhor jogador da Liga Espanhola.

Já Leandrinho Barbosa que atuou no Texas, na equipe do Phoenix Suns, por cinco temporadas, foi envolvido em uma troca com o turco Hedo Turkoglu. Agora atuará pela franquia do Canadá, o Toronto Raptors.

Os Caras da Copa

Por Lucas Bueno

A Copa da África já é passado, mas o entusiasmo dos torcedores persiste ao relembrar as jogadas marcantes, os gols bonitos, erros de arbitragem, clássicos e os melhores jogadores do Mundial. E é isso que o blog fará.

Não selecionaremos apenas os onze melhores jogadores da Copa, mas também, escalaremos uma seleção com as surpresas, nomes pouco conhecidos ou debatidos antes do Mundial de 2010.

A nossa seleção dos melhores é escalada no esquema "da moda", o 4-2-3-1.

1. Iker Casillas (ESP)
2. Maicon (BRA)
3. Piqué (ESP)
4. Juan (BRA)
6. Philipp Lahm (ALE)
5. Schweinsteiger (ALE)
8. Xavi (ESP)
7. Muller (ALE)
10. Sneijder (HOL)
11. Iniesta (ESP)
 9. David VIlla (ESP)

 Já as "surpresas" vem com:

1. Enyeama (NIG)
2. Brecko (SLV)
3. Marcus Túlio Tanaka (JAP)
4. Jonathan Mensah (GAN)
6. Fábio Coentrão (POR)
5. Arévalo Rios (URU)
8. Khedira (ALE)
7. André Ayew (GAN)
10. Ozil (ALE)
11. Birsa (SLV)
 9. Honda (JAP)

Os jogos na África fizeram com que o futebol uruguaio voltasse a reviver momentos de glória, por isso, com justiça Diego Forlán foi escolhido o Bola de Ouro.

Os germânicos, por sua vez, mostraram um futebol totalmente diferente do habitual. A miscigenação encontrada na seleção alemã com turcos, tunisos, poloneses e brasileiros, transformou o jogo, antes, pragmático e eficiente, em um time versátil, envolvente, habilidoso e também eficiente. Tanto que teve Thomas Muller conquistando o prêmio de revelação da Copa e o Chuteira de Ouro, com cinco gols anotados.